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Lula é acusado de crime eleitoral por pedir votos em Boulos

Partidos de oposição e candidatos à prefeitura de SP entraram na Justiça contra uma fala de Lula em que o presidente pediu votos em Boulos durante ato em comemoração ao Dia do Trabalhador.
Queimou a largada. O ponto central é o fato de que o deputado do PSOL é pré-candidato a prefeito da capital paulista, e, segundo as leis eleitorais, as propagandas de campanha só são permitidas a partir de agosto.
Com isso, as acusações alegam que, ao pedir abertamente votos em Boulos para prefeito de SP, Lula teria cometido crime eleitoral por fazer campanha antes da hora.
Logo depois do evento — que foi transmitido pela TV estatal —, o governo apagou todos os vídeos que mostravam a fala do petista. Um juiz eleitoral também determinou a exclusão.
Crime com pena branda… Caso o presidente seja condenado na Justiça Eleitoral, a sentença máxima que pode ser estabelecida é a de pagamento de multa de R$ 5 mil a R$ 25 mil.
Sabendo disso, advogados dizem que Lula cometeu o crime de propósito, pois teria calculado que a multa compensaria os votos. Ele, inclusive, já fez a mesma coisa com Dilma em 2010.
Mas a grande ironia do destino está aqui…
Depois da fala, Boulos está sob riscos de ficar inelegível por 8 anos, por exatamente a mesma interpretação da lei que foi usada contra Bolsonaro — também em uma manifestação de um feriado nacional.
Se você não lembra, o ex-presidente foi condenado por “abuso de poder político e econômico” por ter se beneficiado de uma manifestação de 7 de setembro.
Boulos e ministros de Lula batem na tecla de que o que aconteceu não foi um pedido de voto, mas uma manifestação de apoio político — o que é permitido pela lei eleitoral.
Nesse caso, advogados alinhados ao governo afirmam que o presidente fez uso da liberdade de expressão num ato público, e que o ato não configura propaganda eleitoral.