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Quase 16,4 milhões de pessoas vivem em favelas no Brasil

A Rocinha do Rio é a maior, com 72.021 moradores
Bruno de Freitas Moura
Publicado em 11/08/2024 – 13:42
Rio de Janeiro
O Brasil tem 16,390 milhões de pessoas vivendo em favelas no país. O número representa 8,1% da população nacional (203 milhões) — ou seja, oito em cada 100 pessoas vivem nessas áreas.
Os dados podem ser encontrados em um suplemento do censo de 2022 divulgado na sexta-feira (8 de novembro) pelo instituto de estatística IBGE, e mostram que há 12.348 favelas em 656 municípios do Brasil.
Os pesquisadores consideram favelas lugares com características como insegurança jurídica de posse; ausência total ou parcial de serviços públicos; padrões precários de planejamento urbano; e ocupação de áreas com restrições ou riscos ambientais.
Distribuição
O estudo relatou que 43,4% dos moradores de favelas estão no Sudeste — ou 7,1 milhões. O Nordeste tem 28,3% (4,6 milhões); o Norte, 20% (3,3 milhões); o Sul, 5,9% (968.000); e o Centro-Oeste, 2,4% (392.000).
O estado de São Paulo tem a maior população de moradores de favelas — 3,6 milhões — seguido pelo Rio de Janeiro (2,1 milhões) e Pará (1,5 milhões). Os três estados juntos respondem por 44,7% do total de habitantes de favelas do Brasil. A maior favela é a Rocinha, no Rio de Janeiro, com 72.021 moradores.
Um fenômeno urbano
O censo identificou 26 grandes concentrações urbanas no país — uma espécie de região metropolitana com mais de 750 mil moradores. Um total de 83,6 milhões de pessoas viviam lá. Destes, 13,6 milhões viviam em favelas — 16,2%, o dobro da proporção de todo o país (8,1%).
A pesquisa também aponta que os moradores das 26 maiores concentrações urbanas representavam 41,2% da população total brasileira, enquanto os moradores de favelas nessas regiões específicas representavam 82,6% do total de moradores de favelas em todo o Brasil.
De acordo com a analista Letícia Giannella, a comparação demonstra que as favelas são um fenômeno distintamente urbano. “É um indicador que mostra a concentração dessas áreas e desses grupos nas regiões mais urbanizadas”, observou.

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