No Brasil, cerca de 75% dos trabalhadores têm uma carga semanal de 40 horas ou mais, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) Anual de 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Embora a média nacional seja de 39,2 horas, muitos trabalhadores ultrapassam essa marca. Aproximadamente um terço (32,6%) trabalha mais de 44 horas semanais, que é o limite máximo estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A economista Lúcia Garcia, especialista em mercado de trabalho e pesquisadora do Dieese, explica que essa alta carga horária é resultado da desigualdade laboral no país. “A média não reflete a distribuição de jornada”, afirma. Ela destaca que setores como educação, serviços e administração pública têm jornadas menores, enquanto outros, como o comércio, apresentam jornadas muito elevadas. Comparando com outros países, o Brasil está entre aqueles com cargas de trabalho mais altas. Na Alemanha, por exemplo, a média é de 34 horas semanais, e na França, 35 horas. “O trabalhador brasileiro trabalha muito”, diz Lúcia. A PNAD trimestral de abril a junho de 2024 mostra variações na carga horária média entre diferentes grupos. Homens trabalham em média 41 horas semanais, enquanto mulheres trabalham 36,9 horas. A carga horária também varia por idade, raça e escolaridade. Lúcia Garcia acredita que é possível reduzir a jornada de trabalho no Brasil sem diminuir os salários, o que ajudaria a diminuir as desigualdades. “Há espaço para se chegar a um termo razoável, que permita manter salários e reduzir jornada”, conclui. ![Imagem]( conteudo.imguol.com.br/c/noticias/1a/2018/11/29/demissao-desemprego-desempregados-emprego-carteira-de-trabalho-clt—-demitidos-aguardam-homologacao-no-sindicato-dos-comerciarios-em-sao-paulo-sp-sa…)
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