É basicamente isso que está acontecendo na Índia, à medida que o uso de AI para a criação de deepfakes tem disparado durante as eleições. |
A votação por lá começou em abril e deve terminar no mês que vem. É longo mesmo, mas é porque lá tem nada menos que 1 bilhão de eleitores — a maior eleição do mundo. |
Momento Aurélio: Deepfake é aquela técnica para criar vídeos e áudios extremamente realistas, porém, falsos, usando o rosto e a voz de uma pessoa em específico. |
Desde o início da campanha indiana, foram mais de 50 milhões de ligações fakes feitas por AI, e muitos políticos estão fazendo deepfakes de si mesmos. |
Por que alguém faria isso? Além do bilhão de eleitores, a Índia tem mais de 20 línguas oficiais e milhares de dialetos. São mais de 1,5 bilhão de celulares no país. |
Com isso, políticos preferem usar deepfake para atingir mais eleitores de forma intimista, sem precisar fazer viagens por todo o país. |
Virou business: Empresas especializadas no assunto já cobram mais de US$ 50 mil por campanha. O candidato entra num estúdio com tela verde, faz caras e bocas, diz algumas palavras e voilà. |
Só que todo esse movimento tem incomodado eleitores que já não sabem mais dizer o que é verdade e o que não é. Quase 75% dos indianos já se depararam com um deepfake nos últimos 12 meses. |
Aliança Global contra a Fome e a Pobreza tem adesão de 82 países
Uniões Europeia e Africana também aderiram à proposta.