Aproveite as costelinhas enquanto há tempo. Depois de divulgar os resultados do 1º tri, a Bloomin’ Brands, dona do Outback, disse que está estudando se desfazer das operações no Brasil. |
Nos três primeiros meses de 2024, a receita caiu 4% e o prejuízo foi de US$ 84 milhões no mundo todo. Para comparação, no mesmo período do ano passado a empresa tinha lucrado US$ 91 milhões. |
E por aqui? Os R$ 80 milhões investidos em 16 novos restaurantes no ano passado não foram suficientes para evitar a queda de 0,7% nas vendas do 1º tri deste ano do Outback no Brasil — em 2023, o crescimento foi de 14%. |
A relevância: A filial BR é de longe a mais importante fora dos EUA. As vendas no Brasil representam mais de 80% de todo o faturamento internacional da Bloomin’ Brands, que também é dona das marcas Abraccio e Aussie Grill. |
O Outback está por aqui desde 1997, e são 165 unidades em território nacional. A febre do restaurante no Brasil e a paixão dos brasileiros pela marca já deixou os americanos abismados e foi até tema de artigo no Washington Post. |
Então por que sair daqui? Mesmo com quedas bem menores, a filial brasileira pode ser vendida para cobrir o prejuízo da matriz americana devido ao enorme peso que tem nas operações mundo afora — um movimento comum em multinacionais. |
Nos EUA, o casual dining, segmento em que o Outback atua, tem perdido clientes ano a ano. As vendas do ramo representavam 36% do setor alimentício americano há 10 anos, e hoje não passam dos 30%. |
Looking forward: A rede não deve sair do Brasil de vez. O que deve acontecer é a venda dos ativos do Outback — US$ 472 milhões — para outro controlador. Uma das interessadas é a Zamp, que é dona do BK e que também está de olho nas operações do Subway e Starbucks. |
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