Ser autêntico ajuda muito na gestão de pessoas e também na hora de influenciar os outros, o que é super importante nos negócios. Neste artigo, Giuliana Tranquilini, colunista da StartSe, fala sobre isso e explica como ser realmente autêntico de um jeito seguro.
Quem é mais autêntico: Taylor Swift ou Oprah Winfrey? Tom Hanks ou Tom Cruise?
Esses foram alguns dos nomes mencionados no último relatório da Breakthrough Research sobre marcas autênticas. O estudo mede como as pessoas percebem os valores e ações dessas personalidades. Oprah Winfrey e Tom Hanks se destacaram nessa análise.
A autenticidade tem sido um tema muito falado ultimamente. “Autêntico” foi até escolhido como palavra do ano pelo Merriam-Webster em 2023, explicando que estamos pensando, escrevendo, aspirando e julgando isso mais do que nunca.
Acho que estamos mesmo, especialmente agora que falamos tanto sobre os impactos da IA e o que é real ou não. Eu sempre digo que quanto mais tecnologia temos, mais humanos precisamos ser, e isso inclui ser autêntico.
No mundo dos negócios, a autenticidade também está se tornando cada vez mais importante para os líderes. Sylvia Ann Hewlett, em seu artigo “As novas regras da presença executiva” na Harvard Business Review, destacou que a autenticidade foi mencionada como uma qualidade valiosa pela primeira vez em 10 anos.
Por que ser um líder autêntico é tão importante? Existem vários motivos. Pesquisas recentes mostram que uma liderança autêntica aumenta o engajamento, melhora a inovação, reduz o estresse e traz outros benefícios. Esses efeitos positivos não só impactam as equipes, mas também a saúde mental dos próprios líderes.
Concordo que a autenticidade pode melhorar a saúde psicológica, pois ser autêntico nos dá mais liberdade. Deixamos de seguir padrões pré-estabelecidos e seguimos nossos próprios valores.
Afinal, o que é autenticidade? Diferentes estudos definem a liderança autêntica de várias maneiras, mas aqui está uma definição:
“Liderança autêntica é o comportamento de um líder que é confiável, objetivo, positivo, consciente da missão da organização, capaz de superar problemas, confiante, otimista, resiliente, transparente, ético e orientado para o futuro.” (O papel da liderança autêntica na formação de culturas organizacionais inovadoras, ResearchGate)
Será que existe uma fórmula para ser autêntico? Acho que não. A autenticidade está ligada a valores que variam de pessoa para pessoa. Nossos valores, o que pensamos sobre certos assuntos e nosso ideal de vida nos ajudam a ser líderes autênticos.
Daniel Goleman, autor de “Inteligência Emocional”, diz que para ser uma liderança autêntica, precisamos fazer um trabalho interno para encontrar nosso verdadeiro “eu”. O autoconhecimento nos dá autoconsciência, permitindo que identifiquemos nossos pontos fortes e fracos.
Goleman também menciona a importância do feedback honesto, que nos ajuda a ver melhor nossos potenciais escondidos. Bill George, autor de “True North: Descubra a sua Liderança Autêntica”, enfatiza que as pessoas precisam saber quem são para fazer diferença em suas profissões. Para ele, ser um líder autêntico é ser quem você é.
Uma voz autêntica gera influência. Pense em um líder inspirador. Ele provavelmente tem atributos únicos em seu modo de pensar e agir. O autoconhecimento é a base do meu método, e não é raro ver executivos querendo pular essa etapa e ir direto para melhorar a comunicação e aumentar a influência nas redes sociais.
Mas a comunicação só será eficaz se antes entendermos nossa identidade, o que e como comunicar. É necessário um mergulho profundo em si mesmo antes de avançar no desenvolvimento da sua Marca Pessoal, fundamentada na consistência, autoridade e autenticidade.
“Quando você dedica tempo para buscar respostas e definir o que o torna único, não apenas conseguirá construir uma Marca Pessoal forte, mas também aumentará seu nível de autoconsciência. E isso é fundamental para uma vida plena”, diz Daniel Goleman.
Trabalhar sua marca também significa encontrar seu propósito, e tudo isso torna sua vida mais completa.