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Justiça ouve PM preso por agredir e matar esposa a tiros em rua de SP; feminicídio foi filmado

Thiago Lima estava de folga quando cometeu o crime, em dezembro de 2023. Soldado matou Erika Ferreira após discussão. Câmera de segurança gravou assassinato. Esta etapa do processo antecede o julgamento, que ainda precisa ser marcado.
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A *Justiça *de São Paulo <g1.globo.com/sp/sao-paulo/cidade/sao-paulo/> deve ouvir na tarde desta segunda-feira (25) o policial militar que foi preso após agredir e matar a esposa a tiros em 2023. O crime foi cometido em 3 de dezembro numa rua em Perus, na Zona Norte da capital, e gerou comoção e revolta.
As câmeras de segurança de um imóvel gravaram *Thiago Cesar de Lima* dando pelo menos cinco socos no rosto de *Erika Satelis Ferreira* e atirando duas vezes contra o peito dela após discutirem no carro do casal *(veja abaixo)*. As cenas viralizaram nas redes sociais.
Testemunhas que viram o assassinato chamaram a *Polícia Militar (PM)*, que prendeu o soldado em flagrante. Na ocasião, ele estava de folga e sem uniforme.
A Justiça aceitou a denúncia do *Ministério Público (MP) *e tornou Thiago réu por homicídio qualificado por feminicídio e recurso que dificultou a defesa da vítima. A acusação foi feita pelo promotor *Romeu Galiano Zanelli.*
Esta etapa do processo, chamada de audiência de instrução, serve para que a Justiça ouça os depoimentos das testemunhas do caso, o MP, os advogados do réu, e interrogue Thiago.
A sessão foi conduzida pela juíza *Michelle Porto de Medeiros Cunha Carreiro*, da 5ª Vara do Júri, no Fórum Criminal da Barra Funda. Se a magistrada entender que há indícios de crimes, ela marcará outra data para o réu ser julgado.
Por se tratar de um crime contra a vida, o julgamento, se ocorrer, será popular. Nesse modelo, sete jurados são escolhidos para decidir se absolvem ou condenam o acusado. A sentença será dada pela juíza. Em casos de condenações, as penas para homicídios podem chegar a 30 anos de prisão ou mais.

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